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sábado, 1 de agosto de 2015

ΑΩ Caminhando no Cristianismo:


O cristianismo é, em sua raiz, um culto de personalidade. A sua mensagem central é a história de uma pessoa, Jesus: um aspecto de Deus, mas que também é um ser humano, definido no tempo histórico.
Existem dois mil anos de histórias cristãs, o que pode parecer uma tarefa difícil para historiadores. No entanto, dois milênios não é muto tempo. O cristianismo precisa ser visto como uma religião nova, muito mais nova do que, por exemplo, o taoísmo, budismo, hinduísmo ou sua própria "mãe" - o judaísmo.
Após a vida de Jesus, a história do cristianismo só continuou unificada por aproximadamente três séculos antes de começar a divergir em famílias de línguas: falantes de latim, grego e de línguas orientais (o principal deles sendo, é claro, o próprio Jesus Cristo).

Mosaico da imagem de Jesus


Trajetórias diferentes:

Uma divisão surgiu porque uma seção do cristianismo, a igreja dentro do império romano, estava recebendo patrocínio e cada vez mais apoio de Constantino (que sucedeu os imperadores que tinham anteriormente perseguido a religião).Os cristãos ao leste desse império não receberam suporte.
Era esperado que o cristianismo do Oriente Médio se tornasse dominante, já que esta região era a pátria de Jesus e a língua falada por aqueles cristãos siríacos ainda era parecida com o aramaico da época de Jesus.
Quando um imperador romano procurou impor na Calcedônia uma solução para um problema teológico difícil - como falar das naturezas divina e humana de Jesus - a maioria dos sírios recusou a sua solução. Os cristãos siríacos realizaram feitos notáveis de missão no nordeste da África, Índia e sudeste da Ásia, embora a sua história tenha sido alterada por um novo monoteísmo da mesma pátria semita, o islamismo. Ainda assim, no século VIII da era cristã, a grande cidade de Bagdá teria sido uma capital mais provável para o cristianismo do que Roma. O surgimento do islamismo é a principal razão pela qual a história cristã se voltou para outra direção.

Dois símbolos do cristianismo


História moderna:

A partir de 1700, as três histórias convergem mais uma vez, quando o mundo se uniu pela expansão dos impérios cristãos. Apesar de sua atual variedade, os cristianismos modernos estão mais próximos do que estavam antes, nas primeiras gerações do Oriente Médio no século I.
Paralelamente a essas narrativas, está a história confusa e muitas vezes trágica das relações entre cristianismo, judaísmo e também o islamismo. Durante a maior parte de sua existência, o cristianismo tem sido a religião mundial mais intolerante, esforçando-se ao máximo para eliminar todas as concorrentes.

Houve enormes consequências quando os monarcas dos séculos 15 e 16 da Península Ibérica (Espanha e Portugal) reinventaram sua sociedade multirreligiosa em um monopólio cristão e depois exportaram essa forma de crença para outras partes do mundo. A destruição do judaísmo e islamismo espanhóis depois de 1492 teve um papel importante no desenvolvimento de novas formas de cristianismo, que não só desafiou boa parte do pacote de ideias antigas da Igreja, mas também promoveu a mentalidade que levou, nos séculos 17 e 18, ao Iluminismo no ocidente.
O cristianismo era um ramo marginal do judaísmo, e Jesus, não deixou nenhuma obra escrita conhecida. Jesus parece ter afirmado que a trombeta soaria para o fim dos tempos muito em breve, e em uma grande ruptura com a cultura em torno dele, disse a seus seguidores para deixarem os mortos sepultarem os seus próprios mortos.

Figuras que tipificam o islamismo, judaísmo e cristianismo


Tais seguidores sobreviveram a uma grande crise de confiança no final do primeiro século quando os Últimos Dias não chegaram. O cristianismo emergiu disso como uma instituição muito diferente do movimento "criado" por Jesus, ou até mesmo por seu primeiro grande apóstolo, Paulo.
Embora os historiadores modernos não tenham nenhuma capacidade especial para serem árbitros da verdade ou de religiões, eles ainda têm um dever moral.
Devem procurar promover a sanidade e conter a retórica que gera o fanatismo. A crença religiosa pode estar muito próxima da loucura. Essa mesma crença levou os seres humanos a atos de insanidade criminosa, bem como às maiores conquistas de bondade, criatividade e generosidade.