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segunda-feira, 2 de junho de 2014

ΑΩ - Quem foram os Merovíngios:

   Os Merovíngios dominaram boa parte das atuais França e Alemanha entre os séculos V e VII. O início dessa época coincide não apenas com as histórias do Graal mas com a era do rei Artur, muito evidenciado em vários desses contos. Nunca se questionou se os merovíngios foram os imperadores justos dos francos. Eles não eram "criados" como reis.
Os filhos que recebiam os títulos tornavam-se reis automaticamente quando completavam 12 anos. Seu papel não era governar - isso era deixado para os "Administradores do Palácio". Esperava-se que eles simplesmente existissem como representantes do papel, guardando poder e situação similares aos de um monarca constitucional do século XXI.
A eles também eram permitidos os prazeres da poligamia e, às vezes, tiravam grande vantagem deste privilégio.
A origem do nome da família merovíngia vem de seu progenitor, Meroveu (também chamado de "Merovech" ou "Merovée"). O nome lembra a palavra francesa para "mãe" e as palavras francesa e latina para "mar".

   Um dos símbolos fixos dos merovíngios era a abelha. Centenas de abelhas de ouro puro foram encontradas na tumba do rei Childerico. O costume perdurou durante os séculos. Quando Napoleão foi coroado imperador, em 1804, ele se certificou de que abelhas douradas fossem presas a seus mantos de coroação. Ele era fascinado pelos merovíngios e compilou sua linhagem para descobrir se a dinastia havia sobrevivido depois de ter sido destituída. Isto formou a base das genealogias encontradas nos documentos do Priorado de Sião.

   Clóvis I é, talvez, o mais famoso dos monarcas merovíngios, visto que ele foi o responsável pela introdução do Cristianismo Romano na França. Sua esposa católica havia dado a ele mais que um pouco de coragem para seguir nesta direção, mas é provável que houvesse outra razão para que fosse convencido da ideia.
    O Cristianismo, nessa época, assumiu muitas formas diferentes. A Igreja Romana estava em constante conflito com a Igreja Celta. Em 496 d.C., Clóvis teve vários encontros secretos com Saint Rémy, o que levou a um acordo entre ele e a Igreja Romana, segundo o qual o monarca agiria como o braço forte da Igreja. Em troca, ele deveria governar sobre o que havia sido o sacro Império Romano de Constantino, que os visigodos e os vândalos haviam destruído.
 
   Clóvis cumpriu seu papel de forma entusiástica. Ele aumentou o tamanho de seu império, englobando muito do que hoje é a França e a Alemanha. Ele tinha um desejo particular de derrotar os visigodos e o conseguiu, na Batalha de Vouille. Os visigodos foram afastados cada vez mais, até que finalmente estabelecera-se na área de Razes, em Rhedae - a atual vila de Rennes-le-Château.
Depois da morte de Clóvis, seu reino foi dividido, de acordo com a tradição da época, entre seus quatro filhos. Isso levou a um rompimento da coesão que existia anteriormente e deu aos Administradores do Palácio a oportunidade perfeita para conseguir mais poder. No entanto, eles tinham de enfrentar Dagoberto II.
   Dagoberto nasceu em 651, e quando Clóvis, seu pai, morreu em 656, todos os esforços voltaram-se para evitar que ele herdasse a Austrásia, o nordeste do reino de Clóvis.

[...]

Em resumo:

Os Merovíngios seriam os monarcas que provieram, pela linhagem de Davi, dos descendentes de Jesus Cristo, que chegaram na França com Maria Madalena. Foi uma dinastia que reinou na Gália e na atual Alemanha desde aproximadamente 500 até 750 d.C., e suas terras foram sendo gradualmente estendidas de acordo com o crescimento de seu sucesso e prosperidade. Depois do controverso assassinato do rei Dagoberto II, ficou a impressão de que a linhagem havia desaparecido, sendo substituída por seus antigos criados ("Administradores do Palácio") que formavam a linhagem carolíngia. Esses monarcas, incluindo Carlos Magno, casaram-se com princesas merovíngias, assim mantendo viva a linhagem de Davi.   


Fonte: "Revelando o Código Da Vinci" - Martin Lunn - Páginas: 60, 61, 62 - 169 e 170.

7 comentários:

  1. Marcelo, gostei do excelente resumo que você nos apresentou de algumas páginas do livro de Martin Lunn, Revelando o Código Da Vinci, cujo autor apresenta um estudo sobre O Código Da Vinci, de Dan Brown, o qual serve de auxílio para a leitura e compreensão da obra do autor.

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  2. Sim, é um livro muito interessante que nos revela também, estudos sobre o Santo Graal, sobre o "relacionamento" de Jesus Cristo com Maria Madalena e etc.

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  3. É bom não esquecer que o livro de Dan Brown, O Código Da Vinci, é uma “ficção”, trata-se de um romance policial no qual o autor mistura fatos reais, teorias e lendas; e escreve com tamanha habilidade que leva o leitor a ter a ilusão de que as suas fontes estejam baseadas na verdade, quando na verdade não estão totalmente, pois não conferem com os relatos bíblicos dos evangelhos. Só pra lembrar.

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  4. Porém, muita coisa têm a ver com os "Evangelhos Apócrifos", que em muito, foi usado nos primórdios do Cristianismo. Só pra lembrar!!

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  5. É verdade. Bem lembrado, esqueci desse detalhe. Contudo, os livros apócrifos que serviram de fonte de inspiração para Dan Brown são “apócrifos”, conforme você falou, portanto, são livros que não tiveram sua autenticidade reconhecida pelo cânon bíblico, haja vista que o conteúdo é divergente dos texto bíblicos e não são considerados sagrados. Segundo Esequias Soares, “cânon é a coleção de escritos reconhecidos como os únicos possuídos de autoridade normativa para a conduta e a fé cristã”. (2002, p. 47). “Um corpo definido de literatura sagrada que foi reconhecido oficialmente como divinamente inspirado e autorizado” (W.E. Viertel, 1979, p. 84). Só um lembrete.

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  6. Se têm livros que algum dia fizeram parte do Cristianismo e que são muito bons como fonte histórica, são os apócrifos, tanto do AT como do NT. O livros que hoje são reconhecidos como únicos possuídos de "autoridade", são livros que não servem como fontes históricas, pois, ocultam muitos fatos ao qual, a Igreja prefere que seus fiéis não saibam, se não, o Cristianismo não teria a forma que tem hoje. Fatos escondidos estes, que nos apócrifos são revelados (infância de Jesus por exemplo, o "relacionamento íntimo" de Jesus com Madalena, até mesmo, um suposto relacionamento de Paulo com Tecla e por aí vai). Os teólogos e historiadores sabem que os apócrifos são ricos em relatos, a Igreja sabe, porém, a Igreja Católica Apostólica Romana (que foi a "responsável" em selecionar quais os livros que fariam parte do cânon sagrado), achou por bem, excluir os apócrifos desse cânon, para não comprometer a história do Cristianismo e da Igreja.

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