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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

ΑΩ - Moisés desceu o monte apenas com o Decálogo??

Muitas pessoas afirmam que Moisés desceu do monte, apenas com as duas tábuas dos Dez Mandamentos. Porém, lendo-se atentamente onde essa passagem está escrita, veremos que foi muito mais que isso: 

Veja: "Então, disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedrae a leie os mandamentos que escrevi, para os ensinares" (Êxodo 24:12).
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Moisés e as tábuas de pedra
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Para entender melhor o verso acima, é preciso partir do princípio de que, a tradução do texto não é precisa na versão adotada (ou nas versões adotadas) pela maioria das Bíblias existentes no Brasil. Seria mais fidedigno traduzi-lo assim: "[...] dar-te-ei as tábuas de pedra {os Dez Mandamentos}, a Lei e o ESTATUTO"
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No primeiro caso, ao invés de "mandamentos", o tradutor deveria ter usado a expressão "ESTATUTO", pois os mandamentos já estão inseridos nas duas tábuas. Deus não lhe teria entregue as pedras em branco, mas com os Dez Mandamentos ali inscritos. Por isso, usar "mandamentos" é uma redundância, vez que, pelo texto sagrado, pode-se aferir que Deus entregou-lhe as tábuas e os estatutos. Justamente nessa sequência: o primeiro em Êxodo 20 e o segundo em Êxodo 21
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O termo "estatuto" na Bíblia geralmente, vêm flexionado no plural, o que não seria correto. "Estatutos"são dois ou mais. E quando refere-se àquele estatuto - ou a um só estatuto -, deverá vir sempre no SINGULAR: "o estatuto".
É certo que a conversa entre Deus e Moisés foi mais longa e proveitosa do que se imagina. Afinal, quarenta dias de ensinamentos não poderiam ser resumidos em dez palavras. Parece-nos bastante claro que, naqueles quarenta dias estavam sendo criados os fundamentos do Estado de Israel, um país tipicamente teocrático.
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Decálogo é o conjunto básico de leis que caracteriza a constituição desse Estado. No estado de direito, com o passar dos tempos, é comum instituir-se leis ordinárias que se assemelham ao tal estatuto que a Bíblia cita. Um exemplo bastante próximo está no Código Civil Brasileiro. Quem o ler atentamente, verá que muita coisa se parece com as leis que estão dispersas nos livros do Pentateuco (Torah).
O leitor da Bíblia menos atento imaginará sempre que, no monte, Moisés recebeu apenas as tábuas da Lei, mas não é  exatamente isso que lemos nos texto bíblico. Observe que, em Êxodo 24:12, Deus deu a Moisés três coisas: tábuas de pedraLei e os mandamentos:
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Primeiro - as tábuas de pedra (Dez Mandamentos);
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Segundo - as Leis - Torah (sociais, de propriedade etc);
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Terceiro - os mandamentos (estatutos).
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Deus sabia (e sabe) fazer a diferença entre esses expedientes ordinários, talvez nossos tradutores, pela exiguidade das palavras, é que misturaram a hierarquia das leis.
Deus sabia (e sabe) fazer a diferença e entre "estatutos" e "juízos". Confira isso, lendo Deuteronômio 4:13-14 : 

"Então, vos anunciou Ele a sua aliança, que vos prescreveu, os Dez Mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra. Também o SENHOR me ordenou, ao mesmo tempo, que vos ensinasse estatutos e juízos, para que os cumprísseis na terra a qual passais a possuir."

Geralmente eles vêm na ordem: aliança e mandamento; estatuto e juízo.

Desde os tempos de Abraão, algumas dessas leis já existiam:

"Porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandamentos, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis" (Gênesis 26:5).

A Lei existia antes mesmo do Decálogo. Confira o que Moisés disse a Jetro, seu sogro, muito antes da promulgação do Decálogo:

"Quando tem alguma questão, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis" (Êxodo 18:16).

Não nos esqueçamos de que esses livros só foram entregues no versículo doze de Êxodo 24. Porém, lá no versículo sete, o autor já fala no Livro da Aliança (a que Deus fizera com Abraão). Isso nos dá a entender que o Livro da Aliança fora editado antes.
Ora, Deus dera o Decálogo, a espinha dorsal legislatória, mas não entregou-lhes as leis complementares, que, conforme o próprio termo sugere, "complementariam" a lei maior. Vide um modesto exemplo: "Não matarás". Fundamentalmente, isso não é auto-aplicável, pois, pelo menos na atual legislação, matar é até permitido, desde que seja em legítima defesa. Por isso, precisamos de uma complementação que explicite e abone esse procedimento. Se alguém matar apenas na intenção de defender a si, aos seus ou ao patrimônio, deverá ser absolvido.

Mas a princípio não se pode matar. Talvez, seja também o caso de roubar. Mas, se esse roubo for de comida para matar a fome e entrar numa plantação de frutas e apanhar algumas para comer e matar sua fome, isso não é crime; ou pelo menos, esse crime será melhor adjetivado e considerado apenas um "crime famélico". Portanto, o ladrão poderá ser absolvido desse crime. São detalhes que, pelo caráter enxuto de uma Constituição, não podem ser ali contemplados. Por isso, é preciso explicitá-los em leis específicas. Contudo, isso não altera o princípio fundamental que não permite roubar. Mas como toda boa Constituição deve ser resumida, abordando apenas as situações cruciais, não poderia abordar - nem excessivamente dilatar - questões normativas. Para tanto, a moderna democracia criou o Poder Legislativo. Qualquer lei, quando criada, chama-se "ordinária" (exemplo: não é permitida a venda de álcool aos domingos). Já a lei que, posteriormente, tornará aplicável, o princípio legal é uma lei "regulamentar" (exemplo: a venda do álcool não será proibida quando feita em locais fechados e frequentados por maiores). A esse conjunto de leis, podemos chamá-lo de código. E foi mais ou menos isso o que Deus exigiu que Moisés fizesse.

Quando lemos na Bíblia, em Êxodo 24:12, que Deus entregou três coisas a Moisés, nossa mente tende a não aceitar essa informação, pois, pelo contexto, entendemos que Moisés desceu do monte trazendo apenas as duas tábuas consigo. Aos escritores é sabido que a inspiração para um livro chega-lhe por intermédio, muitas vezes de uma só vez. No entanto, a sua consecução e o correto ordenamento dessas ideias pode levar décadas para ser concluído.
E o mesmo poderia ter ocorrido com Moisés. Deus deu-lhe as três coisas, mas pode ter-lhe entregue "em mãos", apenas uma, o que seria perfeitamente aceitável. Deus pode ter entregue a Moisés um enunciado com Suas leis, mas a decodificação desses princípios e sua aplicação terrena, seria uma das missões a ele confiadas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

ΑΩ - Hinduísmo:


Ganesha, é o símbolo das soluções lógicas e deve ser interpretado como tal.

Embora o hinduísmo possa ser considerado a religião mais antiga dentre as existentes hoje em dia, o termo é relativamente novo, dando a impressão equivocada de uma fé unificada, com um único conjunto de crenças e práticas religiosas. As origens do hinduísmo remontam à Idade do Ferro, mas a palavra "hinduísmo" é mais um hiperônimo conveniente para denominar a maior parte das religiões do subcontinente indiano. Apesar de apresentarem características em comum, essas religiões diferem bastante quanto à prática, abrangendo uma grande variedade de tradições. Em algumas dessas tradições, a fé manteve-se substancialmente inalterada desde tempos primordiais.

Parvati – representa a unidade de deus e deusa, do homem e da mulher.

Mais de três quartos da população da Índia se diz "hinduísta", mas a definição de um conjunto tão desconexo de credos é mais política do que religiosa. A palavra "hindu" (cuja raiz é a mesma do rio Indo, na Índia) significa "indiano" e diferencia as religiões nativas daquelas introduzidas no país, como Islã, e religiões "desertoras" mais recentes, como o jainismo e o budismo. A dificuldade de definir o hinduísmo foi sintetizada numa sentença normativa do Supremo Tribunal Indiano em 1995:

"...a religião hindu não reconhece profetas, não cultua deuses, não segue dogmas, não acredita em conceitos filosóficos e não professa ritos religiosos de ninguém. Na verdade, o hinduísmo não se limita às características de nenhuma religião ou credo, podendo ser descrito, em termos gerais, como uma forma de vida e nada mais que isso".

Adeptos do Hinduísmo. 

Crenças comuns:

Algumas ideias, porém, são centrais em praticamente todas as vertentes do hinduísmo, sobretudo a noção de samsara (o ciclo de morte e renascimento do atman, a alma) e a crença na possibilidade de moksha, ou libertação desse ciclo infinito. O segredo para atingir essa libertação é resumido na palavra dharma, que costuma ser traduzida como "virtude", "lei natural", "retidão" ou "adequabilidade".
Inevitavelmente, o assunto sujeita-se a um grande número de interpretações, mas existem três formas principais de alcançar o moksha (conhecidas coletivamente como marga): jnana-marga (conhecimento ou insight), karma-marga (bom comportamento) e bhakti-marga (devoção aos deuses). O marga abre espaço para as mais variadas vertentes religiosas praticarem suas tradições, entre rituais, meditação, yoga e devoção diária. 

Conceitos de deus:

Quase todas as ramificações do hinduísmo acreditam na existência de um deus criador supremo, Brahma, que, junto com Vishnu (o preservador) e Shiva (o destruidor), forma a principal trindade, trimurti. Muitas tradições, todavia, têm seus próprios panteões ou acrescentam divindades locais e pessoais ao conjunto. Para confundir um pouco, até os três maiores deuses (e vários outros menores) costumam ter aparências diferentes. E assim, embora possa parecer que o hinduísmo é uma religião politeísta, em muitas tradições seria mais correto dizer que os adeptos acreditam em um "deus" supremo, amparado por divindades menores com poderes especiais e responsabilidades específicas.

Vedas - textos sagrados do hinduísmo.

Textos sagrados:

As diferentes tradições hindus estão todas compiladas nos quatro Vedas, um conjunto de textos sagrados de 1200-900 a. C.. Os Brahmanas, comentários sobre os Vedas, e depois os Upanishads, constituem a base teórica da religião, enquanto outros textos - principalmente os dois poemas épicos indianos, o Mahabharata e o Ramayana - tratam de história, mitologia, religião e filosofia. Uma das principais características das tradições hindus é a tolerância. Em decorrência de invasões, primeiro pelos gregos sob liderança de Alexandre, o Grande, e depois por muçulmanos e cristãos, o hinduísmo sofreu algumas influências.

No entanto, apesar de terem surgido movimentos de reforma como resultado dessas influências, batizar de hinduísmo o conjunto de religiões da Índia lhes deu coesão política e um vínculo nacionalista. Tal medida chegou a um ponto crítico na luta pela independência indiana, no século XX, quando Mahatma Gandhi defendeu o uso da resistência pacífica e desobediência civil como arma, estabelecendo um Índia independente, onde todas as religiões não são apenas toleradas, mas também admitidas.

Fonte: "O Livro das Religiões" - Globo Livros - Páginas: 90 e 91.     

domingo, 31 de agosto de 2014

ΑΩ - Epístola de Paulo aos Efésios:

Quero tratar aqui em especial do capítulo 4 versículo 11. Um versículo que tem sido mal interpretado por alguns "estudiosos" e levado pessoas leigas a acreditarem de que se trata de "ministérios" e não de dons (o que de fato, Paulo quer tratar). O versículo em estudo diz o seguinte:

"E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres" (Efésios 4:11).

O que comentarei aqui, estarei firmado e baseado em fontes seguras e sérias, de estudiosos que dedicaram e dedicam suas vidas à estudarem e analisarem a Bíblia. Quero começar com o Teólogo Judeu Messiânico: David H. Stern. Ele diz o seguinte em sua obra - Comentário Judaico do Novo Testamento: Esses são os dons de Yeshua para a Comunidade Messiânica. Devido à ambiguidade do grego aqui, algumas pessoas consideram os dois termos "pastores" e "mestres" como se referindo à mesma função: "pastores-mestres". Pastorear e ensinar são habilidades que se sobrepõem, no entanto são distintas. Emissários (apóstolos) fundavam congregações. Profetas falavam a palavra de Deus. Proclamadores das boas-novas (evangelistas) comunicam as boas-novas (Evangelho) de modo que as pessoas se voltem do pecado e aceitem o perdão de Deus por intermédio do Messias. Pastores prosseguem a partir desse ponto, ensinando e aconselhando os crentes novos e maduros para viverem a vida messiânica. Mestres comunicam e aplicam a verdade bíblica. Nenhum deve se orgulhar quanto a sua posição, mas sim preparar o povo de Deus
Fonte: "Comentário Judaico do Novo Testamento" - David H. Stern - Página: 637.

Podemos notar que o senhor Stern fala de DONS e não de MINISTÉRIOS.

Na Bíblia de Estudo Almeida, no seu comentário de rodapé, seus elaboradores tratam os "títulos" como enumeração de dons. Quem tem, confira na página 285.

Vamos analisar o que a Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal, fala a respeito:

Nossa unidade em Cristo não destrói nossa individualidade. O Espírito Santo concedeu a cada "cristão" DONS especiais para edificar a Igreja. Agora que já temos esses DONS, será essencial usá-los. Você está espiritualmente maduro para colocar em prática os DONS que Deus lhe deu? 

Este comentário está na página 1651. Se você tem essa Bíblia, confira!! 

Pois bem, agora vamos a um livro de pesquisas que analisa o Antigo e Novo Testamentos:

Os dons (verso 11 - tratando sobre Efésios 4) provêm do Cristo que ascendeu e são parte da promessa do Espírito Santo. Paulo omite alguns dons listados em outros textos e cita os relacionados mais diretamente à edificação da igreja. Em primeiro lugar, apóstolos, no sentido mais restrito, a autoridade permanente. Profetas: homens inspirados que revelam a verdade de Deus. Evangelistas: missionários pregadores, por meio de quem os homens se tornavam seguidores de Cristo. Pastores e mestres: em outros trechos, são chamados de anciãos e bispos, que zelavam pelos convertidos e pelo seu crescimento. Todos os pastores numa igreja local deveriam estar aptos para ensinar (alguns em particular e outros em público), como também para pastorear (1 Timóteo 5:17); mas havia também mestres na igreja que tinham uma missão mais itinerante do que os administradores (Romanos 12:7 - 1 Coríntios 12:27). Os três propósitos desses dons são preparar pessoas que vão fazer o serviço que vai edificar a igreja. O terceiro propósito, que é o propósito final, é o tema recorrente das carta (Efésios 1:23; 2:21; 3:19; 4:13-16; 5:27).
Fonte: "Comentário Bíblico NVI // Antigo e Novo Testamentos" - F.F. Bruce - Página: 1994. 

Como podemos ver, a Epístola de Paulo aos Efésios 4:11, trata de DONS e não de MINISTÉRIOS como alguns têm pregado. Uma coisa, é diferente da outra. Vejamos o que nos diz o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa acerca das duas palavras em questão: Dom e Ministério:     

dom 
substantivo masculino
1. Donativodádivabenefício.
2. Prendatalentodote natural.
3. Título honorífico que em Portugal se dava aos membros da família real e da antiga nobreza e a certas categorias religiosas.



mi·nis·té·ri·o 


substantivo masculino

1. Conjunto dos ministros que regem a nação.


2. Edifício onde estão as repartições de um ministro.


3. Secretaria de Estado.


4. Ofíciocargofunçãoserviço.


5. Ofício de cura de almas ou de ministro do Evangelho.

** Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

Notem que dom, é um presente, um benefício e ministério, é um cargo, um trabalho.

Quero chamar atenção sobre um comentário em resposta aos mórmons dos elaboradores do estudo sobre apóstolo e diácono na Bíblia Apologética de Estudo. Prestem atenção!!

Os mórmons afirmam que o sacerdócio é a chave para a restauração dos ofícios que existiam na igreja original. Entre esses supostos ofícios, estão: setenta patriarcas, sumo sacerdotes, élderes e diáconos. Perguntamos: "Onde podemos encontrar esta lista em todo o Novo Testamento?". Os mórmons querem restaurar algo que nunca existiu na Igreja primitiva. 
Se tomarmos a palavra apóstolo no sentido lato: "enviado", então todos os "crentes" são apóstolos e não somente alguns, porque a todos foi designada esta tarefa (Mateus 28:19).
Mas se tomarmos o sentido restrito, somente os doze apóstolos são oficiais, porque eles foram chamados PESSOALMENTE por Cristo.

Quanto ao cargo de diácono, é sabido que os mórmons contrariam não só a Bíblia, mas também os próprios ensinos de seus líderes, pois para ser diácono é necessário que o tal seja casado (1 Timóteo 3:12). Mas hoje os mórmons ordenam adolescentes a partir dos doze anos de idade a este cargo.

O plural da palavra "apóstolo" não quer dizer que deva existir em toda a história da Igreja apenas dois apóstolos como muitos têm ensinado por aí. Paulo está, neste texto bíblico, atestando o fato de que em sua época existiam com ele outros apóstolos (1 Coríntios 4:9; 9:5). Há por ventura, HOJE, um apóstolo com as mesmas credenciais de Paulo? Não!! O primeiro requisito para ser um apóstolo como Paulo (e os doze) era ter visto a Jesus Cristo (Atos 1:22; 1Co 9:1; 15:7-8).
Pergunto: "Os que se dizem apóstolos hoje, viram a Jesus Cristo?? Têm este requisito??



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

ΑΩ - Um breve relato sobre a Maçonaria:

Embora seja difícil estabelecer uma data precisa para o início da Maçonaria, as associações de pedreiros que construíram as catedrais na Idade Média são consideradas seus antecedentes. A palavra francesa maçom significa "pedreiro"


Uma das Catedrais com influência maçônica construída na Idade Média
Catedral de Chartres/França.
Apesar de nem sempre ser classificada como religião, no mesmo sentido que as demais, porque aceita todas sem distinção, todavia, detém elementos religiosos que não lhe permitem uma classificação diferente. Possui noções sobre Deus, de ética. Tem templos. Realiza cerimônias e ritos com a mesma reverência das demais religiões. Utiliza livros sagrados, embora não tenha definição por nenhum. A classe de oficiantes se veste com roupas específicas para o cerimonial.

Degraus na Maçonaria
Chama Deus de GADU (identificado por um G), sigla de: Grande Arquiteto Do Universo. Sua tentativa, com isso, é abraçar a divindade de qualquer religião sem precisar fazer distinções. Aceita em sua comunidade adeptos de qualquer religião, pois defende o livre exercício de todas elas.
Sua prática envolve inúmeros ritos e símbolos, conforme o seguimento da "loja". Aliás, sua força reside na grande quantidade de símbolos, seja por figuras ou por determinadas palavras e movimentos de seus adeptos.



Símbolo da Maçonaria: Compasso e Esquadro com o G de GADU no centro.
Para que possa entrar na sociedade, o neófito (novato) passa por rituais secretos que envolvem toda sorte de juramentos, alguns bem contrários à moral e aos princípios cristãos (sem comentários sobre a MORAL e PRINCÍPIOS cristãos) - Comentário entre parênteses do autor do blog -. Em seguida, existem graus pelos quais o iniciado passa até chegar ao topo, que é o 33° Grau.

Uma Loja/Templo Maçom visto por fora.

A Maçonaria vê Jesus ( o "deus" dos cristãos) como mais um fundador de religião, ao lado de personalidades mitológicas, ocultistas e/ou religiosas, tais como: Orfeu, Hermes, Trimegisto, Krishna (o "deus" do hinduísmo), Maomé (profeta do islamismo), entre outros.  

Uma Loja/Templo Maçom visto por dentro  
Recentemente, tem rejeitado o título de sociedade secreta, dizendo ser, na verdade, uma "sociedade discreta", pois qualquer pessoa que se disponha a estudá-la terá acesso ao seu conteúdo. Considera-se uma instituição filosófica e filantrópica e não religiosa, ainda que venha funcionando como uma reunião ecumênica, que exerce, por meio da associação, enorme influência política e social sobre as nações.

Fonte: "Bíblia Apologética de Estudo" - Edição Ampliada - Página: 1390   

domingo, 17 de agosto de 2014

ΑΩ - Suplemento Arqueológico - Por G. Frederick Owen:

Deus tem conservado dois registros históricos de Seu relacionamento especial com o ser humano e de Suas revelações a este. A Bíblia, escrita originalmente em pergaminhos e chegada, em grandes dificuldades, às nossas mãos, é um deles. O outro registro é constituído pelas ruínas e os idiomas desconhecidos dos países de onde veio a Bíblia.


Pergaminho/Manuscrito Bíblico

O homem tem tido acesso ao primeiro desses registro, e tem conseguido lê-lo e modelar sua vida de acordo com ele. Entretanto, poucas pessoas do mundo ocidental têm podido visitar os países do Oriente, examinar o seu solo, observar os vestígios das ruínas de civilizações do passado, e fazer uma ideia do significado dos fragmentos descobertos em diferentes lugares e escritos em vários e estranhos idiomas

Os restos encontrados na superfície são poucos, se comparados à abundância do material desenterrado dos montes que cobrem as ruínas de cidades antigas. Parte desse material foi descoberto por acaso, mas a maioria tem vindo à luz do dia à medida que se desenvolvem as ferramentas e os métodos adequados a esse trabalho, e se decifram os idiomas desconhecidos, permitindo assim determinar a cronologia de cada objeto ou ruína encontrados. A arqueologia bíblica tem avançado gradativamente, graças ao trabalho árduo de pessoas de muitas nacionalidades e de diferentes profissões e ocupações: professores, linguistas, clérigos, militares, missionários, arquitetos, engenheiros, projetista, fotógrafos, e muitos outros profissionais de grande talento.

Para a decifração de sinais e escritos misteriosos eram necessários instrumentos linguísticos, que só uns poucos líderes descobriram e sabiam usar mediante grande esforço. Todavia, as chaves principais para esta tarefa surgiram com a descoberta da pedra de Rosetta e da inscrição de Behistun


Pedra de Rosetta
Inscrição de Behistun
Um dos engenheiros de Napoleão Bonaparte encontrou a pedra de Rosetta em Rosetta, Egito, próximo da desembocadura do braço ocidental do Nilo. Esta pedra era um pilar de granito negro, ovalado na parte superior, uma laje de 114 centímetros de altura, 71 de largura e 28 de espessura. Em sua superfície havia palavras escritas em três línguas faladas pelos antepassados do vale do Nilo. Uma era o grego, mas as outras duas eram desconhecidas. Embora muitos homens tenham se esforçado para ler estas duas línguas, isto só foi conseguido por um brilhante jovem francês, Jean Champollion, que dedicou sua vida a decifrar estes grandes mistérios. Seu irmão mais velho financiou seu trabalho durante vinte e três anos enquanto ele tentava decifrar o conceito da pedra. Finalmente, nos anos de 1800, Champollin publicou traduções completas da inscrição trilíngue, colocando lado a lado o demônio e o hieroglífico com o grego, e comprovou assim que a pedra de Rosetta estava escrita em três línguas, usadas pelos faraós, e com as quais os arqueólogos do futuro descobririam inumeráveis tesouros históricos e literários do vale do Nilo, desconhecidos até aquela data.

A inscrição de Behitun era uma inscrição de grande tamanho, medindo 7,6 por 15,24 metros. Estava situada em uma elevação de 106,68 metros, no princípio das montanhas Zagros, a sudoeste de Hamadan, Pérsia. Também apresentava palavras em três línguas, todas usadas pelos antigos, mas também desconhecidas pelos eruditos modernos. Henry C. Rawlinson, um militar inglês, sentindo-se desafiado a decifrar estas línguas tão estranhas, ainda que refinadas, realizou seu trabalho trepado em uma saliência de 36 a 46 centímetros, localizada mais abaixo, ou sentado em uma gaiola suspensa. 
Após quatro anos de perigoso trabalho conseguiu fazer uma cópia completa das inscrições. Dezoito anos mais tarde, ele havia decifrado completamente as três línguas: a persa cuneiforme antiga, a elamita (susancheio), e a cuneiforme babilônica. Com estas três chaves, Rawlinson e outros eruditos decifraram os preciosos segredos das civilizações desaparecidas da Assíria, Babilônia e Pérsia, nações cujos povos desempenharam papéis importantes no desenvolvimento dos grandes episódios da Bíblia.

O uso destas línguas na correspondência e no intercâmbio diplomático foi revelado em 1887, quando uma mulher beduína, em busca de terra fértil para o seu jardim, cavou no promontório de Tell el-Amarna, onde, na margem oriental do Nilo, jaziam as ruínas daquela que uma vez fora a bela cidade do sonho do faraó Akhenaton. A mulher encontrou tabuinhas de barro com inscrições, e as vendeu por cinquenta centavos do dólar norte-americano. O missionário Chauncy Murch teve notícias do achado e informou às autoridades egípcias. Após um minucioso exame, ficou comprovado que aquelas tabuinhas eram os registros diplomáticos oficiais do Ministério das Relações Exteriores Egípcio, durante os reinados de Amenhop III (1413-1276 a.C.) e de seu filho e sucessor, Amenhop IV (Akhenaton, 1375-1358 a.C.). Entre os registros havia comunicações oficiais dos monarcas da Babilônia, Mitani e de outros países asiáticos; porém, a maioria eram cartas escritas pelos governadores de várias cidades de distritos na Palestina, Fenícia e no sul da Síria (aproximadamente 150 delas eram da própria Palestina).


Estátua do Faraó Akhenaton 

As tabuinhas de Tell ell-Amarna têm sido muito importantes nas investigações bíblicas, tanto assim que muito as consideram as descobertas mais importantes já realizada no Egito. O próprio fato de a maior parte dessas tabuinhas estar escrita em cuneiforme babilônico, mesmo sendo provenientes de vários países, indica que o cuneiforme babilônico era o sistema de escrita entendido por quase todos os povos das terras bíblicas durante essa época, e talvez muito antes e depois dela. Os personagens bíblicos podiam conversar sem dificuldade com os vários povos, à medida que eles se deslocavam de um país para outro, conforme a Bíblia indica.
O interesse nas descobertas arqueológicas havia se intensificado no tempo em que as tabuinhas foram encontradas, e a partir daquela data várias convocações foram feitas para que mais investigações topográficas e mais escavações nos pequenos montes das cidades fossem realizadas. Houve uma resposta imediata da Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, e outros países.

Os governos, as universidades, os museus e pessoas influentes financiaram as expedições, e o trabalho prosseguiu sob a direção de homens e mulheres competentes, que descobriram como as ruínas das civilizações antigas concordavam com o que a Bíblia e outras fontes literárias antigas escreveram.
Hoje, após 200 anos de investigações topográficas e arqueológicas, pode-se dizer que o grande exército de eruditos tem recolhido os fios da vida primitiva escondidos milhares de montículos que ocultavam antigas cidades, e com eles teceu um painel que concorda quase perfeitamente com as vidas e os acontecimentos em torno dos personagens citados pela Bíblia.

A arqueologia tem trazido à luz dos nossos dias milhares de evidências "externas" que confirmam as narrações da Escritura.

Fonte: "Bíblia de Referência Thompson" - Frank C. Thompson - Páginas: 1503 e 1504.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

ΑΩ - A Bandeira de Israel:

Em 1948 depois de quase dois mil anos de exílio, o Estado de Israel foi restabelecido como o Lar Nacional Judaico. A nova bandeira foi apresentada na ONU em 1949. A bandeira é símbolo do orgulho do retorno da Nação Judaica ao seu lar. Diante das nações do mundo, é a Bandeira que identifica uma determinada nação, por isso, ela é tão importante para cada país!!

Como a bandeira israelense foi escolhida?? David Wolffsohn, que participou do Primeiro Congresso Sionista, em 1897, conta a história do nascimento da bandeira israelense: "A convite de nosso líder, Teodor Herzl, vim para a Basiléia para os preparativos para o Congresso. Entre muitos outros problemas que me ocupavam, havia um que continha algo da essência do problema judaico. Que bandeira seria pendurada no Salão do Congresso??
Então tive uma ideia. Temos uma bandeira, e é azul e branca. O Talit (manto de orações), com o qual nos cobrimos quando oramos: este é o nosso símbolo. Vamos tirar o Talit de sua sacola e vamos desenrolá-lo perante os olhos de Israel e os de todas as nações. Então encomendei uma bandeira azul e branca com a Estrela de David pintada.
Foi assim que a Bandeira Nacional de Israel, que esteve no Salão do Congresso, surgiu."


Bandeira Nacional de Israel

Após lermos este relato, veremos quão importante é a bandeira de Israel, pois em primeiro lugar as faixas azuis acima e abaixo da Maguen David (Escudo/Estrela de David) faz com que os judeus lembrem o Talit. Quando os judeus olham para a bandeira de Israel, se lembram da fé e das orações de muitas gerações de judeus que esperaram o retorno ao seu lar.
Quantos judeus sonharam com o cumprimento da promessa de Deus em novamente restabelecer o Estado de Israel e oraram para que tal fato acontecesse. Porém, os que viram este milagre se regozijaram muito, pois, também fazem parte do povo que incessantemente buscou a Deus para que suas promessas fossem cumpridas e Israel novamente voltasse a existir!!  

A Estrela de David é um tradicional símbolo judaico. A Estrela é composta por dois triângulos, um com a ponta para cima e outro com a ponta para baixo. Um deles aponta para tudo que é espiritual e santo, o outro aponta para tudo que é terreno e secular. Ao levar uma vida de Torah (Instrução) e Mitzvot (Mandamentos), o judeu luta para unir o mundo espiritual ao terreno, o sagrado ao secular.

A tradição judaica conta que David, rei de Israel, enfeitava seu escudo e também de seus soldados - seus valentes - com a estrela de seis pontas, por isso a estrela é chamada Maguen David.
Observando a bandeira de Israel, notamos duas faixas no fundo branco e no meio a Estrela de David. As duas faixas indicam o trecho do Livro de Gênesis: 

"Naquele mesmo dia, fez o SENHOR aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates" (Gênesis 15:18).

Entre as duas faixas (rios) está a Estrela de David (a terra de Israel), conforme a vontade de Deus.
Deus disse a Abraão que daria a terra conhecida como Canaã a Israel. Somente pode dar algo a alguém aquele que é dono. No Livros dos Salmos está escrito: 

"Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam" (Salmos 24:1).

Quando um judeu olha para as duas faixas da bandeira com a estrela ao centro, ele se lembra da promessa cumprida (por duas vezes) a Israel e de como Deus faz questão de reafirmar isso através da Bandeira!!
E ainda mais: as cores da bandeira têm um significado muito importante: 

1 - O azul fala sobre o céu, que é o lugar do Trono de Deus (Sua habitação). Azul representa a Majestade nas alturas.
Para Israel, isso quer dizer que tudo o que aconteceu no passado e tudo o que existe em Israel hoje, procede do céu.

2 - O branco significa duas coisas muito importante: Paz e Santidade
A santidade faz parte integrante do caráter de Deus e Ele exige que Seu povo seja assim como Ele é - Santo.


Paz entre judeus e árabes - "Que assim seja!!"

A paz é o maior desejo do povo de Israel em toda sua história. Desde seu nascimento e até os dias de hoje, Israel sempre se viu em guerras, conquistas, lutas e atos que procurassem estabelecer e também defender aquilo que já fora conquistado. Porém, em meio à todas as coisas, há uma promessa de Deus à nação: PAZ!!

Ao olhar para a Bandeira de Israel, o judeu deve se lembrar o que Deus já fez por Israel e também que, aquilo que falta ser cumprido, Ele não tardará a fazer!! Esta Bandeira é o sinal de Deus para o mundo dizendo: "O SENHOR reina: regozije-se a terra; alegrem-se as muitas ilhas" (Salmos 97:1).